Vinca Major, também conhecida como Pervinca, é uma flor que pertence ao grupo Hemicriptófito, que se caracteriza como uma planta perene, isto é, uma espécie vegetal com um ciclo de vida longo, em que consegue durar até dois anos.
A Vinca Major pertence a uma família botânica chamada Apocynaceae. Esta inclui cinco subfamília - Rauvolfioideae, Apocynoideae, Periplocoideae, Secamonoideae e Asclepiadoideae.
As Apocynaceae estão presentes em todos os continentes, com a exceção da Antártida. Podem ser encontradas pelo país fora, com mais registos no norte de Portugal na zona Portuense. Os locais em que elas permanecem, são zonas húmidas com a presença de cursos de água. No entanto, nas zonas litorais costeiras, algumas Apocynaceae estão presentes nas formações vegetais de dunas.
A sua polinização, ou seja, a transferência de células reprodutivas masculinas através dos grãos de pólen, localizados nas anteras da flor, para o recetor feminino de outra flor, ou até mesmo para o seu próprio estigma. Assim, é possível admitir que esta transferência é o ato sexual das plantas espermatófitas.
Uma curiosidade acerca do processo de polinização é que existem fatores bióticos se essa transferência for através de fatores ambientais (se a transferência do pólen for com a ajuda de seres vivos, ou fatores abióticos). Assim, a transferência do pólen pode ser feita através do vento – Anemofilia, pode ser feita através de insetos (abelhas, moscas) – Entomofilia, ou com a ajuda de besouros – Cantarofilia. Além disso, pode ser através de borboletas – Psicofilia, por mariposas – Falenofilia, por aves – Ornitofilia. A polinização pode ser feita também através de anfíbios ou répteis – Herpertofilia, ou até mesmo morcegos – Quiropterofilia. Através da água designa-se como Hidrofilia e através do Homem chama-se Artificial. Posteriormente a estas hipóteses poderá existir a auto-polinização, isto é, quando uma flor recebe o seu próprio pólen.
A flor Vinca Major tem inúmeros benefícios na vida social. Destacamos algumas utilidades que as espécies pertencentes a esta família possuem: são ótimas fontes de fibra para cordas artesanais, constituem ramos fortes e flexíveis no uso da atividade pescatória, e ainda têm a vantagem de serem cultivadas e comercializadas como plantas ornamentais. Além disso, fornece madeira para a construção civil, bem como a produção de móveis. Somando o facto de que o látex que elas possuem, permite a criação de borrachas.
A sua época de floração está compreendida entre março e junho, florescendo de forma subtil em tom azul muito particular. Na cidade do Porto, podem ser encontradas pela Avenida dos Aliados, no Campo 24 de Agosto ou no Jardim do Marquês.
Redigido por: Marta Santos
Fotografias: Júlia Aguiar
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