Produção de vinho – Saiba mais sobre as videiras

O vinho do Porto é bastante conhecido em todo o mundo, seja pelo seu sabor inconfundível devida fermentação incompleta ou pelo seu processo de produção, com as vinhas plantadas ao longo do Rio Douro, criando uma paisagem reconhecida como património mundial pela UNESCO. O que nem todos sabem é que a técnica de instalação desta planta pode ser mais simples do que parece.
São diversas as plantas arbustivas que são chamadas de trepadeiras. Popularmente também tem diferentes nomes populares, como vinhal, vinhedo, videira, parreira... Dentre outros! A mais conhecida, do gênero Vitis, é uma trepadeira retorcida e flexível, com folhas grandes e bastante verdes.
No Jardim Botânico do Porto, mais especificamente no Jardim do Xisto, está a ser criada uma construção de vinhas como as do entorno do Douro. Neste espaço, um bardo, sistema de condução de vinha, com cerca de 1,5m foi implantado para que se possa ali mostrar as técnicas de construção, poda e construção da vinha, além de aproximar as pessoas a esta tradição que se tem vindo a perder… O bardo permite o tratamento mecanizado e simplificado da vinha. O maior inconveniente deve-se à poda excessiva que o sistema implica, originando desequilíbrios vegetativos e produtivos.


“Toda a gente gosta do vinho do Porto, mas esta parte do saber como se faz é que se tem vindo a perder. A nossa ideia é mesmo trazer isso para cá, para as pessoas chegarem ali e perceberem a Touriga Nacional, essa casta, que tipo de folha é, como é que amadurece a uva, ter essa proximidade”, disse Joana Tinoco, bióloga do Jardim Botânico, que nos contou sobre este projeto.
No Jardim do Xisto são feitas as técnicas tradicionais de instalação de bardos no Douro. A pedra é usada para que se coloquem vários esteios ao alto, de forma a depois conseguiram pendurar uns arames. Assim, as videiras vão crescer até ao primeiro arame e  fixam-se. Após isso, o próximo crescimento vai ser até ao interior de outros dois arames, que tem uma terceira e quarta fixações que evitam que a videira tombe para frente ou para trás. Depois de a vinha cresce e cobre os arames, criando uma grande folhagem. A ideia é que, ao fim de cerca de 5 anos, o Jardim do Xisto tenha todos os seus bardos cobertos. Feitos desta forma, as vinhas ficam com uma altura mais prática para serem colhidas.
          Uma maneira simples e divertida de aprender como a cultura de um produto tão famoso da cidade do Porto acontece! Aos amantes do vinho, o Jardim do Xisto, no Jardim Botânico é um com local para aumentar o conhecimento antes de passar pelas caves e provar o delicioso Vinho do Porto.

Redigido por: Matheus Rabelo

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