Águas que levam a história de hoje: o Rio Douro

Da Serra de Urbion, em Soria, em Espanha, à Foz, no Porto, em Portugal, o Rio Douro banha as vidas de quem tem o prazer de conviver com este encanto da natureza. De oeste para leste, com solos férteis, regados pelas suas águas, e as seis pontes que o atravessam,, o Rio Douro é mais que uma paisagem, é uma história.





Durante a Idade Média o trajeto do rio localizado no Porto, especificamente na região da Ribeira, foi o foco da vida comercial da cidade. Ali, ao longo do século XIV, o povoamento expandiu-se e refletiu a sua importância nos comerciantes e marinheiros. Mais tarde, no século XV, as atividades comerciais tornaram-se ainda mais intensas e assim  se mantiveram ao longo do século XVIII, em que a cidade se viu a viver em função do rio: todo o centro social e econômico estava estabelecido nas suas proximidades. Após o século XIX a infra-estrutura foi alterada de forma considerável. Para a travessia do rio foram construídas pontes, que tornaram dispensável a passagem obrigatória pela Ribeira.




Entretanto, surgiu um plano intensivo de recuperação e revitalização da Ribeira na década de 1970. O desenvolvimento do projeto do Comissariado para a Renovação Urbana da Área de Ribeira/Barredo (CRUARB) foi essencial para que a Ribeira fosse considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO. Assim, com o renascimento das margens do terceiro maior rio da Península Ibérica, foram abertos inúmeros bares e restaurantes.




“A Ribeira é um lugar que faz muita referência à história. Tudo o que foi conservado, a valorização da natureza, o contato direto com o rio, torna a experiência única”, Andrey Augusto, brasileiro, que está em Portugal no programa de mobilidade na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. “É gratificante poder apreciar este lugar”, completa. O rio, fluindo como flui, torna esta parte de Porto paragem obrigatória para quem nunca foi ou mesmo para aqueles que lá vão muitas vezes, porque há sempre coisas novas para descobrir. É um cartão postal de Porto.


Escrito por: Larissa Previato Nogali
Fotografias por: Larissa Previato Nogali

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