Uma pausa no ritmo insano do dia a dia, um bom café e uma companhia de quatro patas são alguns dos prazeres que o primeiro cat café do Porto, O Porto dos Gatos, oferece a quem passa alguns momentos por ali. Inaugurado em março deste ano, na Avenida Rodrigues de Freitas, no Bonfim, Joana Rocha e Flávia Meireles criaram um espaço em que os clientes podem conviver com vários gatos que moram no restaurante vegano, o que deixa uma experiência aconchegante e a noção de respeito aos animais no coração de cada um.
“A ideia do restaurante surgiu pelo gosto que existia em relação aos animais e ao voluntariado que fazíamos na causa, entretanto, como nós as duas somos vegetarianas e gostamos de cozinhar, decidimos juntar as duas coisas numa só”, expressou Joana. As duas sócias do Porto dos Gatos já estavam no contexto antes mesmo da ideia do restaurante se concretizar. Proveniente da Associação Vida de Gato, o propósito do lugar era dar continuidade à causa pela qual já lutavam: animais abandonados e vítimas de maus tratos. Com o lema “compaixão”, resgatam os gatos, cuidam deles e coloca cada um deles para adoção no restaurante, o que deixa tudo com um toque ainda mais especial, visto que conviver com eles é uma forma de terapia para os clientes, que relaxam e acalmam.
A paixão pelo lugar é à primeira vista. Julia Conzatti, estudante de Engenharia Civil, está a realizar um período de mobilidade na Universidade do Porto e foi ao Porto dos Gatos pela primeira vez por recomendação de uma amiga. “Eu acho uma ideia super criativa porque, no Brasil, nunca vi um restaurante em que pudesse ter animais assim, rondando livremente” relata. “O melhor ainda é que não são os gatos que invadem o restaurante, somos nós que o invade, o lugar dos gatos. Isso faz-nos ter uma aproximação maior e um contato diferente com eles, além de matarmos as saudades dos gatinhos que deixamos no nosso país por causa do intercâmbio”.
Com uma ementa diversificada e tudo feito no próprio café, o Porto dos Gatos atrai cada vez mais admiradores. Além das delícias, toda a ideologia envolvida no restaurante é um ensinamento constante de independência e empatia. “Talvez as pessoas ainda não estejam tão preparadas para receber esse amor que os gatos tentam passar para as pessoas.. Não é um amor que vai estar disponível sempre que nós quisermos, é um amor que sabe que está ali, mas umas vezes é demonstrado e outras não”, diz Júlia. Joana ainda deixa o recado: “que exista mais respeito pelos animais, acho que é o principal”.
Escrito por: Larissa Previato Nogali
Fotografias: Larissa Previato Nogali
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