O amor perfeito existe mesmo!

O ritmo apressado do dia-a-dia que desgasta a calçada da Invicta, fazem com que os olhares distraídos não reparem nos bonitos canteiros na Avenida dos Aliados, nos imensos jardins em pleno coração da cidade, nas varandas floridas das casas da Ribeira. Mas se há algo que não escapa aos corações de quem por lá passa é o amor que sentimos pela cidade. E não há melhor flor que reúna tudo isto em apenas meia dúzia de pétalas: a viola tricolor. Bem, talvez não a reconheças por este nome, mas se te falarmos da erva-trindade ou do amor-perfeito, já te é mais familiar?


O amor-perfeito é uma pequena planta que geralmente não ultrapassa os 30 cm de altura, produzindo flores que em média têm cerca de 6 cm de diâmetro. As flores da viola tricolor podem ser roxas, azuis, amarelas ou brancas e são polonizadas pelas nosssas amigas abelhas.

Atualmente existe um grande número de cultivares, com flores de muitas cores que formam um grande número de padrões, geralmente combinando três cores. Em locais de clima ameno é considerada fácil de cultivar, podendo ser cultivada em vasos, jardineiras ou nos jardins, isoladamente ou em grupos. Por isso é que vemos canteiros reacheados de ervas-trindade, que conseguem colorir de forma única as ruas citadinas.
Normalmente, as violas tricolor florescem no outono e primavera e podem perdurar no inverno se o clima se mantiver ameno.
A sua floração cessa, geralmente, nos meses quentes de verão.
Numa perspetiva mais histórica, sabe-se que gregos e chineses usavam as violas como medicamento e os celtas e romanos faziam com elas perfumes. Os amores-perfeitos eram usados até mesmo como elixir do amor na Inglaterra, o que, acredita-se, inspirou Shakespeare em "Sonhos de uma noite de Verão". Nessa obra, uma flor mágica teria sido esfregada nos olhos de Titânia enquanto dormia. Ela, ao acordar, apaixonou-se pela primeira pessoa que viu.

Caso tenhas fotografias perfeitas e queiras partilhá-las connosco através do Instagram, usa a hastag #myportogardens ou identifica-nos @portogardens.

Redigido por: Júlia Aguiar
Fotografias de: Júlia Aguiar

Comments