Galeria da Biodiversidade, Centro Ciência Viva |
O conhecimento e a inovação foram postos à prova esta segunda feira, dia 12 de março, durante a fase eliminatória regional do Porto da edição de 2018 do mais popular concurso de comunicação e ciência do mundo, o FameLab Porto 2018, que se realizou na Galeria da Biodiversidade - Centro Ciência Viva, em colaboração com o Planetário do Porto – Centro Ciência Viva, ambos associados à Universidade do Porto, e com o apoio da National Geographic.
No concurso, criado em 2005, pelo Cheltenham Science Festival, e promovido em Portugal pelo British Council e pela Agência Ciência Viva, cada concorrente tem três minutos para demonstrar a sua capacidade de comunicar os temas científicos mais diversos, recorrendo apenas a palavra e gestos, sem qualquer ajuda de suportes audiovisuais. Os critérios de avaliação assentam no conteúdo da apresentação, na sua clareza, coerência, carisma de quem está em palco e na relação estabelecida com o público, pela utilização de termos acessíveis e de fácil compreensão.
Os três semifinalistas que venceram a etapa do Porto, Carolina Piedade, Fernando Maia e Tiago Costa, vão estar presentes na semifinal nacional, que decorre no dia 18 de março, no Pavilhão do Conhecimento - Centro Ciência Viva, em Lisboa. O vencedor da final nacional FameLab Portugal 2018 irá participar no Festival de Ciência de Cheltenham, no Reino Unido, em junho de 2018, onde vai concorrer nas finais internacionais do FameLab em conjunto com os outros vencedores internacionais.
Tiago Costa, um dos semifinalistas desta etapa, tem como base do seu trabalho o estudo das dores. É médico interno no Hospital da Póvoa de Varzim e participa de forma assídua em atividades científicas, afirmando que “o importante não é somente produzir ciência, mas também escrever artigos que demonstrem que o assunto não se direciona a um grupo específico de pessoas, e que esta é a melhor forma de trazer mais pessoas ao mundo da ciência”. Além disso, reconhece a grande responsabilidade que tanto ele quanto seus concorrentes carregam, uma vez que, num meio onde as fake news e falta de informação são uma constante eles mantêm-se como divulgadores científicos.
Maria João Fonseca, Diretora de Comunicação do Museu de História Natural e Ciência da Universidade do Porto, participou como organizadora e júri do FameLab Porto 2018. “O facto de as eliminatórias serem abertas ao público, faz com que mais pessoas se mobilizem, uma vez que que têm a oportunidade de perceber como podem os conceitos científicos ser aplicados no dia a dia. É por isso que eventos assim deveriam receber mais atenção”, afirma Maria João. Este concurso aproxima a investigação da população, visto que os concorrentes fazem a mediação entre o conhecimento científico primário, disponível por exemplo em artigos científicos, descodificando-o em conceitos gerais, fáceis de compreender e despertar a capacidade crítica das pessoas.
A divulgação do FameLab é feita sobretudo na própria plataforma do concurso, nas redes sociais e no seu site oficial. É essencial também a mobilização nas universidades, visto que o evento é direcionado a jovens investigadores e o ambiente acadêmico é o veículo para chegar a potenciais candidatos.
Através de atividades deste tipo, promovidas por entidades como a Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva, o Planetário do Porto – Centro Ciência Viva e a National Geographic, é possível mostrar que a ciência é importante a todos os níveis da nossa vida e que devemos cada vez mais tê-la em consideração no nosso dia-a-dia.
Redigido por: Larissa Previato Nogali
Fotografia de: Larissa Previato Nogali
Fotografia de: Larissa Previato Nogali
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