Jardim da Cordoaria |
O Jardim de João Chagas, também conhecido por Jardim da Cordoaria, situa-se na Rua Campo dos Mártires da Pátria, na cidade do Porto. Este jardim é recheado de muita história e quem lá passa não se sente indiferente, pela sua composição e envolvência.
Além de toda a riqueza que o Jardim João Chagas desperta, o que o rodeia torna ainda mais especial esta área da cidade, como a Torre dos Clérigos, o Centro Português de Fotografia, a Reitoria da Universidade do Porto, o Hospital Santo António, bem como o Tribunal da Relação do Porto.
O nome Cordoaria advém do facto de os cordoeiros instalarem-se neste local para a sua atividade, durante 200 anos, Na idade média, era denominado o “Campo do Olival” onde se situava-a a “Cordoaria do Bispo”. No século XIX a Câmara do Porto decidiu transformar a Praça da Cordoaria num passeio público. Em 1865, Visconde de Villar d’Allen fundou o jardim, com um projeto paisagista alemão da autoria de Émile David. Mais tarde, o Jardim de João Chagas foi alvo de uma intervenção arquitetónica de Camilo Cortesão. Em 1941, um violento ciclone devastou o jardim e esta área foi requalificada pelo arquiteto paisagista João Nunes. Esta obra sobressai a alameda dos plátanos e um conjunto de araucárias bidwillii, resultando numa área única da cidade do Porto, para relaxar ou ler um bom livro.
O Jardim da Cordoaria é reconhecido e admirado pela arte que o compõe. De entre inúmeras esculturas, está a estátua do poeta “António Nobre”, revestida em bronze, desenvolvida por Tomás Costa e inaugurada em 1927. “A Flora” revestida de bronze, assente em pedra, constitui uma homenagem ao horicultor José Marques Loureiro. Uma obra António Teixeira Lopes e datada a 1904. “O Rapto de Ganimedes”, também constituída em bronze, representa um jovem nu sob o dorso de uma águia. É uma obra de Fernandes de Sá, inaugurada em 1916.
A estátua de “Ramalho Ortigão”, trabalhada em pedra lioz, assente num pedestal de granito e com uma expressão facial marcante. Uma obra de Leopoldo de Almeida e inaugurada a 1954.
Estátua de Ramalho Ortigão |
A obra "Treze a rir uns dos outros", constituída por quatro bancadas, onde se espelham treze figuras humanas é uma obra de Juan Muñoz, instalada em 2001, ano em que a cidade foi Capital Europeia da Cultura. São esculturas em bronze, com um tamanha realista como forma de as aproximar o mais possível da realidade. O "Coreto da Cordoaria" era palco de espetáculos e o principal ponto cultural da cidade.
Visão panorâmica - Coreto |
O Jardim da Cordoaria tem uma forma triangular, em que cada lado é caracterizado pelo alinhamento de árvores de folha caduca. Em frente ao Palácio da Justiça, encontra-se a alameda de plátanos.
Alameda de Plátanos |
A sul o passeio das tílias e a norte os carvalhos americanos e no meio do jardim existe um lago, caracterizado como romântico. Desde 2005, este jardim é detentor de árvores classificadas de interesse público. Os plátanos que constituem a alameda do jardim foram plantados em 1868.
A araucária bidwillii, as maiores árvores do jardim e das maiores de Portugal, também plantadas em 1868. Outro tipo de árvore, que marca este jardim é a Sequóia, que fora plantada em 1867.
A araucária bidwillii, as maiores árvores do jardim e das maiores de Portugal, também plantadas em 1868. Outro tipo de árvore, que marca este jardim é a Sequóia, que fora plantada em 1867.
Sequóia |
Araucária |
Ao longo do ano este jardim adota várias facetas, no que diz respeito às suas cores e aos contrastes. As diferentes estações do ano tornam este local único, mas com a chegada da primavera, o jardim da cordoaria ganha uma nova vida, tornando-o um ponto de referência na cidade do Porto.
Redigido por: Marta Santos
Fotografias: Lucas Ervedosa e Marta Santos
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